Kitembu diá banganga

Postado: Kitaloji On 09:03 0 comentários



Nzambi mpungu (Deus Poderoso), quando criou o mundo, criou também uma mulher para ser sua esposa e para que, por seu intermédio, pudesse ter descendência humana a fim de povoar a terra. Essa mulher se chamaria Ná Kalunga e dela nasceu Kalunga, com quem Nzambi Ampungu teve um filho NKUKU-A-LUNGA, a quem Nzambi deu o poder da adivinhação.

Nzambi ordenou que NKUKU-A-LUNGA se casasse com Kalunga, e assim se tornaria pai de todas as tribos Bantu. Ele teve dois filhos: um masculino , SÁ MUTFU e outro feminino, NÁ MUTFU. Então ZAMBI então ordenou que SÁ MTFU se casasse com sua mãe e NÁ MUTFU, com seu pai, informando-os de que, depois dessas uniões, as seguintes se fariam somente entre primos.

Dessas uniões, nasceram do sexo masculino: KITEMBU A BANGANGA, NDUNDU, NGONGA, UMBANDA, KANONGENA, KAMBUI e outros.

Do sexo feminino: MUJUMBU, NDUMBA UÁ TEMBU, SAMBA KALUNGA, KASAI, LWEJI, MUKITA e outras.

NZAMBI ensinou-os a se multiplicarem e a lutarem contra as doenças e os feitiços que os seus descendentes viessem a possuir. Disse também que viriam outros descendentes divinos e que, após deixarem a vida terrena, cada um, dentro de sua atribuição, supervisionaria o mundo que ele havia criado.

Baseado nesta lenda é que chegamos a KITEMBU A BANGANGA, divindade dos ventos, muitas vezes visto como feminino, talvez por sua irmã NDUMBA UÁ TEMBU, em que TEMBU aparece como a hemorragia da terra.Baseado nesta lenda é que chegamos a KITEMBU A BANGANGA, divindade dos ventos, muitas vezes visto como feminino, talvez por sua irmã NDUMBA UÁ TEMBU, em que TEMBU aparece como a hemorragia da terra.

Quando a fome, a morte, a infertilidade do solo e das mulheres instalaram-se em uma tribo Bantu, logo o sábio da tribo, NGANGA, tratou de mandar cortar um mastro de aproximadamente 13 metros representando uma caveira e, com isso, a fome e a morte. No alto, havia uma bandeira branca, simbolizando PEMBA, NKUKU A LUNGA, que é o pai de todos os povos Bantu.

Por alguns dias prestou-se culto a divindade KITEMBU A BANGANGA, para que o mesmo, utilizando o balanço da bandeira através do vento, apontasse um novo caminho a seguir. Para que chegassem a uma terra fértil e próspera, os NGANGA eram acompanhados de AJIMO (Antepassados que guiaram os povos Bantu) que determinavam o novo caminho a seguir.

No Brasil, KITEMBU A BANGANGA vem tomando um lugar de Rei da Nação Bantu, e muitos dizem ser ele o responsável pelo tempo, nome que aqui se assimilou, enquanto que o título de Pai ou rei da Nação Bantu é de NKUKU -A-LUNGA representa o pensador que, para os Bantu, é a ‘sabedoria’. No entanto KITEMBU, ligado aos ventos, perdeu sua verdadeira identidade, que em cerimônias, na maioria dos candomblés, recebe o mutuê das aves em seu mastro para guiá-los por bons caminhos.

Nzo ngagula mavambu
Kitaloji kia mbutu mavambu
Nzambi beka muvó ua bantu ngola.

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